De acordo com o relatório divulgado nesta semana pelo Comitê para Proteção dos Jornalistas (CPJ), dos assassinatos de jornalistas ocorridos entre 2004 e 2013, 90% seguem impunes. Dos 370 casos identificados de profissionais mortos em represália ao seu trabalho, 333 não houve nenhuma condenação.
A organização destaca que os crimes seguem um padrão geral de intimidação contra aqueles que revelam a corrupção, expõem a má conduta política e financeira ou informam sobre crimes.
Embora tenha registrado mortes em 2013, o Brasil melhorou a situação após condenações em três casos, o maior número de punições em um único ano no período de 2004 a 2013, entre todos os países avaliados. Ainda assim, o País está em 11º lugar no Índice Global de Impunidade do CPJ em 2014, com nove assassinatos não solucionados nos 10 anos anteriores. Ainda segundo o relatório, a violência no país atinge mais jornalistas do Interior do que da Capital, e envolve a cobertura de corrupção, crimes e política local.
O levantamento também indica que a impunidade cresceu, em média, 56% entre 2008 e 2014. O local mais afetado foi a Somália, onde o índice de casos não solucionados quadruplicou. Em seguida, aparecem Paquistão, México e Filipinas.
Fonte: Coletiva.net